CASO PACCOLA

Câmara faz Justiça e cassa vereador por matar servidor em Cuiabá; veja votos

No domingo, parlamentar cassado não se elegeu deputado

Redação: Baixada Cuiabana News | 05/10/2022 - 14:24
Câmara faz Justiça e cassa vereador por matar servidor em Cuiabá; veja votos

O tenente coronel da Reserva da Polícia Militar, Marcos Paccola (Republicanos), teve o mandato de vereador em Cuiabá cassado por 13 votos favoráveis, cinco contrários e três abstenções por quebra de decoro parlamentar.

Ele perdeu o mandato por conta do assassinato do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, de 41 anos, morto no dia 1º de julho com três tiros desferidos pelas costas, no bairro Quilombo. A sessão que decidiu pela cassação do parlamentar contou 21 vereadores presentes começou na manhã desta quarta-feira (5), às 9h e terminou pouco antes das 14h. Além disso, a sessão foi tomada por um alto clamor popular, onde de um lado estavam amigos e familiares de Alexandre pedindo justiça, e do outro, apoiadores e admiradores de Paccola, que pediam a não cassação do vereador.

O pedido de cassação foi feito pela vereadora Edna Sampaio (PT), alegando quebra de decoro parlamentar, que em sua fala destacou que se a Casa não cassasse o tenente coronel, seria o próprio parlamento que seria julgado pela população. A petista relembrou as cassações de Lutero Ponce, Ralf Leite, João Emanuel e Abílio Brunini, destacando que nenhum deles perdeu o cargo por um caso grave, como o de um assassinato pelas costas.

Emocionado, Paccola chorou em seu discurso de defesa na tribuna e afirmou não ter ficado satisfeito com o episódio que terminou com a morte do agente socioeducativo e pediu que os parlamentares o julgassem pelas suas convicções.

Se a decisão que eu tomei não fosse aquela, provavelmente eu não estaria aqui. Numa situação onde duas pessoas estão portando arma de fogo, diante de um cenário como aquele, o resultado não é muito diferente daquele que aconteceu. Não quero benevolência dos parlamentares. Quero dizer que este julgamento, para mim, é muito mais difícil do que o terei no tribunal do júri”, afirmou.

Ao final da sessão, o presidente da Casa, Juca do Guaraná (MDB) declarou a cassação de Paccola. No total, foram 13 votos sim, cinco votos não, três abstenções e quatro ausências.

Adevair Cabral – SIM

Cezinha Nascimento – AUSENTE

Chico 2000 – SIM

DEMILSON NOGUEIRA – NÃO

DIDIMO VOVÔ – AUSENTE

LICINIO – SIM

LUIZ FERNANDO – ABSTENÇÃO

RICARDO SAAD – SIM

EDNA SAMPAIO – SIM

FELIPE CORRÊA – ABSTENÇÃO

JUCA – SIM

KASSIO COELHO – SIM

LILO – SIM

MARCREAN – AUSENTE

MARCOS BRITO – SIM

MICHELLY – ABSTENÇÃO

PAULO HENRIQUE – AUSENTE

PAULO PEIXE – NÃO

MÁRIO NADAF – SIM

RENATO MOTA – NÃO

RODRIGO ARRUDA E SÁ – SIM

SARGENTO JOELSON – NÃO

SARGENTO VIDAL – SIM

PACCOLA – NÃO

KERO KERO – SIM

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Fonte: Folhamax