
Será realizada na manhã desta quarta-feira (5) a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Cuiabá que votará pedido de cassação contra o vereador Marcos Paccola (Republicanos) por quebra de decoro parlamentar. Apoiadores de Paccola já se mobilizam nas galerias levantando cartazes com frases como “legítima defesa não é crime”.
Um dos apoiadores do verador, Adolfo Gabriel, afirmou que o pedido de cassação tem motivação política e não busca Justiça. Ele atribuiu o requerimento ao suposto interesse da vereadora Edna Sampaio (PT) em ver Paccola fora das eleições para deputado estadual.
“Vejo que a prioridade nessa Casa hoje não é a população cuiabana, justamente porque o que está acontecendo hoje é uma atitude política do presidente da Casa, e também da vereadora Edna Sampaio. Porque esse processo, ela apresentou requerimento visando impedimento do Paccola para disputar as eleições de deputado estadual, então não é nada para proteger a família da vítima, não é nada por Justiça, é justamente uma atitude politiqueira, o que é a prioridade hoje na Câmara Municipal”, disse Adolfo.
Autora da representação, Edna já afirmou que Paccola foi protegido pela Câmara de Cuiabá por ter sido candidato a deputado estadual. Isso porque, se for cassado, o político será declarado inelegível por 8 anos. A sessão, porém, acabou sendo adiada para hoje (5), após as eleições.
O caso
Alexandre Miyagawa foi assassinado com 3 tiros disparos por Paccola em julho deste ano. Na versão do vereador, o agente estava com a arma na mão e se virou na direção do parlamentar, que supostamente teria agido para defender a namorada da vítima de suposta violência. Com o assassinato, Paccola se tornou réu pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá, coordenada pelo juiz Flávio Miraglia, que acolheu denúncia do Ministério Público contra o vereador por homicídio qualificado. Na mesma decisão, o juiz determinou que fosse recolhida a arma de Paccola. Paralelamente, o vereador tem seu caso estudado pela Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá.