
Atualizada às 09h19
Quatro pessoas foram indiciadas pela Delegacia Especializada de Crimes Informáticas (DRCI) no inquérito da Operação Fake News, deflagrada em dezembro de 2020 para apurar uma associação criminosa voltada para a criação e divulgação de notícias falsas com motivação política.e acordo com as informações apuradas pela reportagem do , o inquérito foi concluído nesta quinta-feira (7) e os indiciados são, Popó Pinheiro – que é irmão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) -, um ex-servidor da Saúde William Sidney Araújo de Moraes e um ex-assessor identificado como Luiz Augusto Vieira Silva, o Guto, além do jornalista Alexandre Aprá.
Os indiciados vão responder pelos crimes de associação criminosa, injúria, calúnia, difamação, perseguição e falsa identidade.
Investigação
Conforme apuração da especializada, os indicados produziam e disseminavam as noticias falsas, bem como fotos, vídeos, memes e textos apócrifos com conteúdos ofensivos contra agentes políticos, empresários e servidores públicos do Estado.
Com o material apreendido, foi realizado um intenso trabalho investigativo tecnológico que permitiu identificar que os 4 investigados integravam a associação criminosa com motivação política.
Polícia destacou que um dos homens cumpre pena em regime aberto em razão de condenação por roubo majorado, furto qualificado e por integrar quadrilha de roubo a banco.
Outro lado
O advogado Francisco Faiad, que faz a defesa de Popó Pinheiro, afirmou que não concorda com indiciamento e que irá apresentar a defesa assim que o Ministério Público receber o inquérito para decidir se acata ou não a decisão da Polícia Civil.
Esse é indiciamento é um direito exclusivo do delegado sem a participação do Ministério Público e da defesa. Mas não concordamos com isso porque essa decisão vai contra todas as provas que estão no inquérito. Portanto vamos apresentar a nossa defesa assim que for possível e demonstrar que tal indiciamento é uma injustiça.
Já o jornalista Alexandre Aprá encaminhou uma nota afirmando que tal indiciamento é uma represália por ter denunciado o delegado e o promotor do inquérito de ´obstrução de justiça´. Veja na íntegra:
"Estou sofrendo represália porque representei o delegado e o promotor do inquérito por obstrução de Justiça no inquérito que apura a contratação de um detetive particular que foi filmado dizendo ter sido contratado pelo governador do Estado por intermédio de um fornecedor.
Ambos estão trabalhando para obstruir o andamento da investigação da contratação do detetive e tentar desqualificar a notícia-crime que apresentei me envolvendo em fatos que em nada tem a ver com o que denunciei. Mas, não temo nada porque há fartos elementos no inquérito sobre a contratação do detetive e, mesmo com a recusa do delegado da DRCI e do promotor do caso em investigá-los, a verdade irá aparecer."