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Ex-delegado de MT é preso com R$ 260 mil em MG; valor seria do tráfico

Redação: Noticias da Baixada | 18/03/2021 - 12:18
Ex-delegado de MT é preso com R$ 260 mil em MG; valor seria do tráfico

Ex-delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, Arnaldo Agostinho Sottani, 49, foi preso pelas forças de segurança de Minas Gerais (MG) suspeito de lavagem de dinheiro após se flagrado com R$ 260 mil. Segundo conta investigação da polícia local, o dinheiro seria para comprar uma aeronave para traficantes. 

De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Civil e Militar de MG, a abordagem aconteceu logo após o recebimento de uma denúncia, relatando que um homem entrou em um carro de aplicativo de transporte com uma grande quantia em dinheiro e que seria para comprar uma aeronave.

 

A corrida foi em direção ao Centro de Caratinga, região Leste de Minas. Na abordagem, o dinheiro foi localizado dentro de uma caixa, dividido em notas de R$ 20 e R$ 50, enrolados em papel filme. Para o delegado regional de Caratinga, Ivan Sales, o dinheiro é fruto do tráfico de drogas.

A afirmativa foi feita com base na vivência do delegado, já que em muitos casos em que ele atuou, constatou que os criminosos enrolam o dinheiro em papel filme para não mofar as notas com a umidade. Ou seja, se o dinheiro fosse lícito, estaria guardado no banco.

Histórico no crime

Polícia logo descobriu que Arnaldo tinha longo histórico criminal e envolvimento com tráfico de drogas e organizações criminosas. Em 2011, foi expulso da Polícia Civil de Mato Grosso em ato assinado pelo então governador Silval Barbosa.

 Na época, ele foi investigado por envolvimento com o roubo de gado no interior, onde atuava. Antes disso, passou a responder por tráfico de drogas, em Goiás, mas acabou absolvido por falta de provas.

 Já sem o título de delgado, atuando com a formação de nível superior em Direito, foi preso em 2016 após ser flagrado transportando 150 kg de cocaína em um monomotor dentro de uma fazenda em General Carneiro.

 Durante o flagrante, ainda tentou atropelar os policiais com a aeronave. Ele ficou preso até 2020, quando passou a responder em liberdade.

 Em depoimento aos policiais de Minas, confessou que foi procurado por criminosos de uma organização para ser ‘advogado’ deles. O caso está sendo investigado pelas autoridades locais.

 Sabe-se até agora que ele já tinha ido até o município Caratinga ao menos outras 3 vezes. Durante a prisão ele solicitou a presença de um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), alegando que estava exercendo sua profissão.

 

Fonte: Gazeta Digital