EM CUIABÁ

Motorista de vereador e ex-diretor da prefeitura são alvos da operação; veja nomes

Redação: Baixadacuiabananews | 20/09/2024 - 08:10
Motorista de vereador e ex-diretor da prefeitura são alvos da operação; veja nomes

Entre os alvos da Operação Pubblicare, deflagrada na manhã desta sexta-feira (20), pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-MT), estão o motorista particular do vereador Paulo Henrique (MDB) e o ex-diretor de Regulação e Fiscalização da Prefeitura de Cuiabá. Veja os nomes abaixo. 

De acordo com as informações divulgadas pela FICCO, são cumpridas 15 medidas cautelares, sendo uma prisão – que é a do vereador Paulo Henrique -, além de 7 mandados de busca e apreensão, 7 sequestro de veículos e imóveis, além do bloqueio de contas bancárias. 

Um dos alvos é José Márcio Ambrósio Vieira, que seria motorista de Paulo Henrique. Na Operação Ragnatela, ele foi apontado como um possível “laranja” do vereador. 

Outro alvo de busca é Rodrigo Anderson de Arruda Rosa, ex-diretor de Regulação e Fiscalização da Secretaria de Ordem Pública de Cuiabá. Ele também foi alvo da Operação Ragnatela e foi exonerado do cargo logo em seguida. 

Na investigação, Rodrigo foi tido pelos integrantes do esquema como “gente nossa” e agia sob suspeita de flexibilizar licenças e alvarás para realização dos eventos da facção.

 

Veja os nomes dos alvos abaixo:

 

Paulo Henrique de Figueiredo

Jose Márcio Ambrósio vieira
Rodrigo Anderson de Arruda rosa
Jose Maria de Assunção
Ronnei Antônio Souza da silva
Maria Edinalva Ambrósio de viera
Benedito Alfredo Fontes

 

Operação

A operação Pubblicare decorre do desmembramento da operação Ragnatela, deflagrada em junho, quando a FICCO/MT desarticulou um grupo criminoso que teriam adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800 mil. A compra foi paga em espécie, com o lucro auferido de atividades ilícitas. 

A partir de então, os suspeitos passaram a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa e promoters. 

A FICCO identificou que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos, responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. As investigações também apontam que um parlamentar atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros. 

Na época, de acordo com as investigações, o parlamentar receberia benefícios financeiros do grupo. O coordenador do cerimonial da Câmara de Cuiabá, Rodrigo de Souza Leal, teve a prisão preventiva decretada, seria indicação de Paulo Henrique. Ele assumiu o cargo em 2023 com salário de R$ 5 mil.  

Paulo chegou a ser alvo de busca e apreensão. Ele teve o celular apreendido, bem como um veículo. Na data, ele foi apontado como interlocutor entre a facção criminosa e agentes públicos.   

Aos investigados são imputados os crimes de corrupção passiva/ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, juntamente com membros da facção indiciados durante a operação Ragnatela.

 

Nome da operação

A operação Pubblicare, termo em italiano, faz alusão à atividade do agente público que, ao invés de atuar em prol da população, focava em interesses escusos da facção criminosa.

  

Fonte: Gazeta digital