
Moradores e lideranças políticas de Barão de Melgaço expressam indignação diante da decisão da prefeita Margareth Gonçalves. A prefeita declarou a intenção de exonerar dezenas de servidores após um Decreto, atribuindo a medida à crise financeira enfrentada na administração municipal.
O município enfrenta um dos períodos mais críticos de sua história, marcado pela situação caótica de infraestrutura, incluindo obras atrasadas e serviços inacabados. Vereadores e ex-prefeitos têm denunciado o abandono e a crítica situação da cidade, com destaque para Marcelo Ribeiro e Elvio Queiroz, este último encerrando seu mandato com alta aprovação, segundo pesquisas. Em um grupo local, Queiroz expressou revolta com a infraestrutura municipal atual.
Enquanto a crise se aprofunda e a possibilidade de desemprego na prefeitura cresce, a prefeita, ausente de solidariedade aos moradores, participou da "Expô Primavera" em Primavera do Leste, um evento com artistas nacionais.
A poucos dias do início das festividades natalinas, Margareth Gonçalves resolveu estender o período de recesso no Executivo até 15 de janeiro de 2024. O decreto 92/2023, publicado no Diário Oficial dos Municípios, justifica a medida devido às dificuldades financeiras, incluindo a queda na arrecadação do FPM, abonos no CIDE Combustível e redução do ICMS/cota parte municípios. O recesso também sinaliza possíveis demissões, visando aliviar os cofres municipais.
Com uma população de 7.253 habitantes e a 3ª pior renda per capita do estado, segundo censo do IBGE, Barão de Melgaço enfrenta um cenário desafiador, destacando-se como um dos municípios com a média de 12.777, superando apenas São José do Povo, Alto Araguaia e Pontal do Araguaia.