O cacique Roberto Maridoprado, da terra indígena Perigara, localizada no município de Barão de Melgaço, esteve nesta terça-feira (1º) na Casa Civil. O objetivo era buscar informações sobre os editais do Programa REM Mato Grosso. Eles destinam cerca de R$10 milhões para beneficiamento das comunidades indígenas de todo o estado. 

Os editais estão focados no apoio às iniciativas voltadas para o fortalecimento sociocultural, sustentabilidade e meio ambiente, vigilância e monitoramento dos terreiros, produção e coleta para segurança e soberania alimentar e nutricional, geração de trabalho, renda e comercialização, gestão territorial e ambiental dos territórios indígenas, infraestrutura das aldeias, mulheres, equidade de gênero e prevenção e combate a incêndios florestais.

Maridoprado estava acompanhando do vereador Denas (PSDB), que tem dado suporte aos povos indígenas da região.

“Vimos tomar conhecimento das regras destes editais. Sabemos que estes recursos podem ajudar na infraestrutura das aldeias melhorando a vida destas famílias e gerando sustentabilidade”, explicou.
O coordenador do Subprograma Territórios Indígenas (SPTI), Marcos Ferreira, explicou que um dos editais é para Projetos Estruturantes e o outro para Projetos Locais.  Na primeira modalidade, destina até R$ 7 milhões para os beneficiários. Cada projeto receberá de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. 

“Trata-se de Projetos Estruturantes com caráter de política pública permanente. Devem atender mais de uma terra indígena com propostas de ações e melhorias cujos efeitos transcendem o tempo de duração previsto para o Programa REM MT”, explica Ferreira.

Na modalidade Projetos Locais, os investimentos chegam a R$3,1 milhões. Os valores variam de R$ 100 mil a R$ 200 mil como foco no atendimento às necessidades mais imediatas dos povos.

Voltaremos num segundo momento com as ideias no papel e a documentação necessária. Em Barão vamos nos reunir com os demais integrantes da aldeia e alinhar tudo. O povo Perigara tem o apoio do legislativo municipal”, explicou o presidente da Câmara.

“Uma comunidade precisa de um galpão para estocar alimentos. Outra precisa melhorar a estrutura física da aldeia, o sistema de captação de água ou de energia solar. São alguns dos exemplos de projetos locais que podem se encaixar no edital”, explicou Ferreira.

O coordenador de políticas indígenas, Aguinaldo Santos, conversou com os visitantes. Pediu que ambos tragam propostas para a aldeia Perigara que se encaixem nos editais.