
A esposa do coronel da Polícia Militar Zaqueu Barbosa, Cintia Selhorst, publicou em sua página no Facebook, no sábado (12) que o marido foi diagnosticado com Leucemia linfocítica crônica, um tipo de câncer no sangue e da medula óssea.
Na publicação, Cintia afirma que o nome assusta, porém, é mais um desafio a ser superado pelo coronel.
Zaqueu sempre foi atleta. Sempre treinou para competir, para ganhar. Sempre teve uma rotina de trabalho e treino muito bem estabelecida. Passou pelos melhores (ou piores) cursos, sempre com muita dedicação e se destacando entre os primeiros”, escreveu.
“Zaqueu sempre foi atleta. Sempre treinou para competir, para ganhar. Sempre teve uma rotina de trabalho e treino muito bem estabelecida. Passou pelos melhores (ou piores) cursos, sempre com muita dedicação e se destacando entre os primeiros”, escreveu a esposa do militar.
Ela lembrou que Zaqueu passou por outros “perrengues”, inclusive na vida pública, uma referência a um processo ao qual o coronel foi condenado a 8 anos por conta de sua ‘colaboração unilateral’ nas investigações que apuram as escutas clandestinas em Mato Grosso, mais conhecida como “Grampolândia Pantaneira”.
Perrengues públicos e privados também passou da mesma forma: com coragem. (…) daqui para frente nada muda: coragem, força, tratamento, cuidado e vida que segue. O contexto da LLC é favorável. Está se cuidando e vai passar por mais este perrengue”, afirmou.
No texto, Cintia declara que Zaqueu Barbosa começou treinar para suportar as dificuldades que enfrentou ao final de sua carreira na Polícia Militar.
“Daqui para frente nada muda: coragem, força, tratamento, cuidado e vida que segue. O contexto da LLC é favorável. Está se cuidando e vai passar por mais este perrengue”, afirmou a Cintia.
“Treinou seu corpo para suportar. Treinou sua mente para suportar, da mesma forma com que se dedicou à PM, se dedica, agora ao curso de Educação Física, paixão platônica de uma vida, finalmente concretizada”, escreveu.
Caso dos grampos
O julgamento de Zaqueu, que é ex-comandante-geral da Polícia Militar no governo Pedro Taques (então PSDB), reduziu sua pena em 24 anos, fixando apenas 8 anos por participar do esquema dos grampos. Outros quatro militares foram absolvidos pela 11ª Vara Militar.
O coronel foi condenado pelos crimes do artigo 169 do CPM (determinar o comandante, sem ordem superior e fora dos casos em que essa se dispensa, movimento de tropa ou ação militar) e pelos artigos. 311 e 312 do CPM (falsificação e omissão de documento).
Em todos os crimes em que foi condenado, o ex-comandante recebeu a pena mínima por “comportamento meritório” e por “confissão” – além da redução de 2/3 da pena pela colaboração unilateral.
“Portanto, apesar de ter confessado os fatos e ter revelado o esquema [...] do envolvimento de autoridades do Poder Executivo na criação do núcleo de interceptação, entendo possível o reconhecimento dos benefícios de uma colaboração unilateral, mas apenas para diminuição da pena”, disse o juiz Marcos Faleiros ao condenar Zaqueu.
Mesmo com a condenação, Zaqueu responde em liberdade até que o processo seja julgado em segunda instância. O juiz também determinou a análise para perda de patente de coronel.
Julgamento dos grampos
Os coronéis Evandro Lesco, coronel Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antonio Edwiges Batista foram absolvidos das acusações.
O cabo Gerson Correa Júnior recebeu perdão judicial mesmo sem acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE) – a qual recebeu o benefício após absolvição.