TRADIÇÃO OU RENOVAÇÃO

Em disputa polarizada, 160 mil de VG vão às urnas escolher o sucessor de Lucimar

Redação: Notícias da Baixada | 15/11/2020 - 10:10
Em disputa polarizada, 160 mil de VG vão às urnas escolher o sucessor de Lucimar

Entre ruptura e continuidade, mais de 160 mil eleitores de Várzea Grande vão escolher, neste domingo (15), o sucessor da prefeita Lucimar Campos (DEM) e dois grupos, representados por Kalil Baracat (MDB) - com apoio do Campos - e pelo empresário Flávio Frical (PSB) - estreante na política -, polarizam a disputa. Já o deputado federal Emanuelzinho (PTB) tentou se construir como uma terceira via, e deve ficar em terceiro lugar, por não conseguir descolar da imagem do pai Emanuel Pinheiro (MDB), que tenta a reeleição na Capital. O candidato do Psol, Miltão, está na corrida, mas não conseguiu alavancar nas pesquisas.

Kalil vem de família tradicional, sendo neto de Sarita Baracat que fez história como a primeira mulher eleita para comandar o município há exatos 54 anos. A aliança com o DEM de Jayme e Júlio Campos e o MDB dos Baracat é histórica, pois foram grupos rivais no passado. Kalil tem subido nos palanques para prometer continuidade à gestão de Lucimar, que conta com aprovação de quase 80%.

Já Frical, desde o início do processo para construção de seu projeto político, aglutina opositores dos Campos e não economiza em críticas e ataques mais direcionado ao senador Jayme do que à própria gestora, Lucimar. Novo na política, conta com o ex-prefeito Tião da Zaelli como um dos principais apoiadores.

O ex-gestor era vice de Murilo Domingos (já falecido) que foi afastado por duas vezes do cargo, na primeira pela Justiça e na segunda tentou renúncia para fugir da cassação pela Câmara. Tião assumiu o cargo e só deixou em 2012, quando Wallace Guimarães (PV) venceu a eleição, deixando Lucimar em segundo lugar e Tião em terceiro.

Mas o período turbulento não terminaria ali e após idas e vindas e uma chuva de ações judiciais, Wallace é cassado por caixa 2 na campanha e Lucimar assume. Com ela à frente da prefeitura, inicia um período de estabilidade política e administrativa que culminou em sua reeleição em 2016 com a marca histórica de 76,16% dos votos, deixando para trás o recorde de Jayme que foi eleito prefeito com 71,8% do eleitorado em 2000.

Além do contexto histórico favorável, Kalil ainda tem a seu favor o vice José Hazama (DEM), indicado dos Campos. Mas a disputa está acirrada com Frical, que tem conseguido se articular junto a grupos insatisfeitos com a hegemonia do poder político que comanda a prefeitura e pode surpreender nas urnas.

Já Emanuelzinho teve um bom crescimento nas primeiras semanas, mas acabou estabilizando, possivelmente freado pelos ataques ao pai que foram levados pelos adversários em programas eleitorais. O prefeito de Cuiabá passou boa parte da campanha tendo que responder sobre o caso do paletó e a disputa simultânea em cidades vizinhas pode ter prejudicado.

O ponto frágil da gestão de Lucimar explorado pelos adversários foi a distribuição de água. Nos meses da seca, que vai até final de setembro, vários bairros ficam sem abastecimento e dependem de caminhões pipa. A insatisfação da população foi grande e tanto Frical quanto Emanuelzinho aproveitaram para prometer melhorias e, assim, conquistar mais votos.

Câmara

Dos 21 membros da Câmara, apenas 3 não tentam reeleição. Ao todo, 489 disputam para vereador, sendo quase 23 candidatos por vaga. Concorrem à reeleição Fabinho (DEM), Gisa Barros (DEM), Nana (DEM), Ferrinho (MDB), Rogerinho Dakar (PSDB), Pedrinho (DEM), Dr. Miguel (PL), Dr. Carlos Garcia (PSB), Joaquim Antunes de Souza (PSDB), Ivan dos Santos Oliveira (SD), Sardinha (PTB), Carlino Neto (PTB), Jânio Calistro (DEM), Ícaro Reveles (PDT), Nilo Nascimento de Campos (DEM), Gordo Goiano (PTB), Chico Curvo (PTB) e Miguel Baracat (PV).

  

Fonte: Rdnews