PANDEMÔNIO EM POCONÉ

Secretário diz que policiais não atendem chamados para impedir aglomerações

A reclamação do secretário junto à polícia local gerou boletim de ocorrência e pedido de investigação contra o secretário na Câmara Municipal.

Redação: Notícias da Baixada | 05/08/2020 - 16:31
Secretário diz que policiais não atendem chamados para impedir aglomerações

O secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico de Poconé (100 km da Capital), José Joardir do Amaral Júnior, rebateu as acusações feitas pelos militares da 6ª Companhia, que atuam na cidade, de que ele teria ofendido e caluniado um sargento e um soldado, por conta das ocorrências de aglomeração, no dia 19 de julho. Ele disse que chegou a ser desculpar com os oficiais, e foi ofendido pelo sargento, que questionou “quem era o secretário na ordem do dia”. 

Em conversa como reportagem , nesta quarta-feira (5), ele explicou que recebe há meses reclamações da população que nos canais de atendimento da Polícia Militar (PM) de Poconé as pessoas são direcionadas e orientadas a fazer denúncias sobre aglomerações para a fiscalização do Município. 

“Ocasião, inclusive que me fez entrar em contato via telefone com o policial de plantão, que no final foi feito todo pedido de desculpas e aceito pelo mesmo. Após 20 minutos, o sargento da Polícia Militar de Poconé, Antônio Rodrigues da Silva, retornou ao secretário de forma desrespeitosa perguntando quem eu era na ordem do dia para chamar atenção do subordinado dele”, conta Amaral Júnior. 

Segundo o secretário, é só acompanhar a população poconeana para ver como tem sido o atendimento dos militares com relação à covid-19. 

Isso faz tempo que vem acontecendo, não é de hoje! E por isso que, como Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico e cidadão, vou sempre cobrar a atuação da Polícia Militar no combate a pandemia do Covid-19”, pontua Amaral Júnior. 

O caso 

A Polícia Militar (PM) registrou um boletim de ocorrência contra o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Amaral Júnior, acusado de insultar, caluniar e difamar o sargento Marcos Antônio Rodrigues e o soldado Alex Ferreira, no dia 19 de julho. O fato chegou à Câmara Municipal de Vereadores na terça-feira (4), no qual foi pedido que os vereadores analisassem a conduta de Amaral.

Os ataques teriam ocorrido devido às ocorrências de aglomeração em estabelecimentos da cidade. Conforme o boletim de ocorrência, Amaral, que é sobrinho do prefeito da cidade, ligou furioso na 6ª Companhia Independente da Polícia Militar e disse que recebeu denúncias que os fiscais do município estavam fazendo a batida nos estabelecimentos, sozinhos, sem o apoio da PM. 

Fonte: Reporter MT