Prestes a se licenciar da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), para comandar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec), o deputado estadual Faissal Calil (PV) recuou de assumir a pasta alegando que exigências ainda não foram acatadas.  

Eu não decidi ainda, tenho as minhas exigências. Eu não quero colocar pessoas políticas para trabalhar comigo. Quero pessoas técnicas para fazer andar, senão, não dá certo. Eu não vou assumir a secretaria para ficar apagado”, argumentou o parlamentar ao enfatizar que, sem autonomia ele prefere continuar no Legislativo.

Faissal avalia, que assumir a Secitec não será tarefa fácil, alegando que a mesma está “apagada” há tempos e que enfrentará a árdua missão de tirar do papel as 8 escolas técnicas previstas para serem construídas em Mato Grosso.

“A secretaria está apagada faz um tempo já e eu preciso de pessoas que me ajudem a resolver isso. Eu só quero ter autonomia para trabalhar”, disse o deputado.

Ele nega que exista desacertos políticos que o impeça de assumir a pasta e que a sua nomeação só não saiu, pois falta acertar alguns ponteiros. “Não existe desacerto nenhum, como estão comentando por aí, eu só quero ter condições de trabalhar e é algo que tenho que tratar direto com eles (governo). E não tem desacerto. Estamos chegando a um denominador comum. Não adianta eu assumir a secretaria e não conseguir fazer um bom trabalho”, justificou o parlamentar.

Nos bastidores, circula a informação de que o governador Mauro Mendes (DEM) teria voltado atrás na negociação do cargo com o deputado, em razão do PV apoiar o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB).

Com o impasse, o ex-deputado e suplente, Oscar Bezerra (PV), terá que aguardar, já que ele é quem deve assumir a cadeira do colega de partido, no Parlamento Estadual. Na queda de braço, Bezerra pode ser o contraponto para definir de vez a mudança de Faissal para Secitec, já que ele e  Mendes, na era PSB, eram fortes aliados.