
A Polícia Civil intimou nesta quinta-feira (5) oito pessoas para prestar depoimento sobre o sparecimento da travesti Mari de Bastos Lima, de 37 anos, em Santo Antônio de Leverger. Ela trabalhava como pizzaiola durante a noite e desapareceu após sair do serviço, no dia 8 de janeiro. Equipes da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá e da Delegacia de Santo Antonio de Leverger estiveram na cidade para fazer as intimações. Os intimados ainda serão ouvidos. O inquérito que investiga o caso já colheu depoimentos de sete pessoas. Até agora nenhum suspeito foi identificado. De acordo com o investigador Alex Machado, a polícia trabalha com duas linhas de investigação. As duas indicam que Mari foi assassinada. "Cada linha tem, no mínimo, dois suspeitos. Nós já ouvimos as pessoas que tinham contato com a Mari. Falamos com amigos, com os patrões dela e com um ex-convivente. Agora recebemos uma nova denúncia e vamos apurar", explica o investigador. A travesti é do Maranhão e se mudou para Mato Grosso há quase 10 anos. Ela morava sozinha. A chefe de Mari, Caudeni Gomes da Silva, contou que a funcionária sempre saía do trabalho direto para casa. No entanto, no dia 9 de janeiro, Mari foi procurada por um amigo, mas não foi encontrada na casa e também não apareceu no serviço. O celular e as roupas dela também ficaram no imóvel onde morava. “Ela sempre foi muito trabalhadeira. Trabalho com ela há mais de cinco anos e ela nunca faltou ao serviço. [Mari] não era de sair, não bebia, sempre saía de casa para o trabalho e depois direto para a casa de novo”, disse.