BARÃO DE MELGAÇO

Extinção e fusão de escolas dividem pais e moradores do município

Redação: Notícias da Baixada | 20/01/2020 - 10:49
Extinção e fusão de escolas dividem pais e moradores do município

Após a divulgação da lista de reordenamento da rede escolar pela SEDUC-MT, moradores da cidade de Barão de Melgaço estão divididos sobre a extinção e fusão de duas escolas estaduais localizadas na cidade pantaneira.

Segundo uma importante fonte política do município, as opiniões estão divididas entre os que concordam com as mudanças e os que não aceitam. A mesma fonte revela que os pais dos alunos da escola que será extinta, Virgínio Nunes Ferraz , temem que seus filhos, crianças em sua maioria, estudem no mesmo horário com alunos adolescentes. Outro fato que preocupa a sociedade melgassense é a possibilidade do desemprego que pode ocorrer com a fusão.

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Escola Estadual Nilo Póvoas, em Cuiabá, e mais uma unidade, em Barão de Melgaço (a 100 km da Capital), serão extintas e cinco outras, no interior, repassadas aos municípios. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) concluiu estudo de reordenamento da rede escolar. O https://www.rdnews.com.br/images/logo-thumb.png apurou quais escolas estão na lista do reordenamento. Confira no final da matéria. Apurou também como vai ficar a situação dos alunos e servidores.

Os da Nilo Póvoas serão remanejados para a Escola Estadual Antônio Epaminondas, no bairro Lixeira. A Seduc afirma que a unidade tem capacidade para mil estudantes. No entanto, atualmente, tem apenas cerca de 130 em período integral.

Em Barão de Melgaço, as unidades Virgínio Nunes Ferraz e Coronel Antônio Paes de Barros vão se fundir. A primeira será extinta e a segunda seguirá de maior porte em sede que será entregue, de acordo com a Seduc, este ano. Alunos e servidores da Virgínio Nunes serão acomodados na Coronel Paes de Barros.

Em Tangará da Serra (a 241 km de Cuiabá), quatros escolas saem da responsabilidade do Estado e serão repassados à Prefeitura em regime de colaboração. O motivo é que as unidades recebem alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, que são de responsabilidade do poder municipal, como define a Constituição.

Pelo mesmo motivo, uma escola estadual em Jauru (a 404 km de Cuiabá) também será municipalizada.

Ociosas

A secretária estadual de Educação Marioneide Kliemaschewsk alega que as escolas estão sendo extintas porque estão ociosas. Assegura que o estudo de reordenamento foi feito de forma técnica e prefere nem utilizar a palavra fechamento, mas sim "otimização dos espaços públicos". Segundo ela, isso vai resultar em economia para o Governo, investimento e garantir a aplicação de recursos nas escolas já existentes.

Marioneide também aponta que novas escolas só serão abertas se houver demanda de alunos e "necessidade real de construção". "A demanda do Estado vem decrescente, porque estamos passando por uma transição demográfica muito grande. O número de matrículas vem caindo". Ela atribui o fenômeno também às famílias, que estão optando por menos filhos.

Confira lista

Escola Estadual Nilo Póvoas (Cuiabá) - extinção

Escola Estadual Virgínio Nunes (Barão de Melgaço) - extinção

Escola Estadual do Campo Marechal Cândido Rondon (Tangará) - municipalização

Escola Estadual do campo Cláudio Aparecido Paro (Tangará) - municipalização

Escola Estadual do campo Ernesto Che Guevara (Tangará) - municipalização

Escola Estadual Laura Vieira de Souza - (Tangará) - municipalização

Escola Estadual Francisco Salazar - (Jauru) - municipalização

Fonte: Redação / Rdnews