O vice-presidente da Câmara Municipal de Santo Antônio de Leverger, vereador Rômulo Queiroz (PSDB), participou na manhã da última terça-feira (14), da audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso que discutiu a qualidade dos serviços prestados pela Energisa em Mato Grosso.
O representante de Santo Antônio foi apresentar aos deputados e a diretoria da empresa concessionária de energia elétrica as reclamações dos moradores do município sobre a baixa qualidade dos serviços prestados pela empresa em Sant0 Antônio, entre as muitas reclamações estão a oscilação da energia que chega as residências e as constantes interrupções no fornecimento de energia, principalmente nas comunidades da zona rural do município.
O diretor-presidente da concessionária Distribuidora de Energia S.A, Riberto José Barbanera, afirmou que a empresa foi pega de surpresa, mas vai prestar todos os esclarecimentos que forem solicitados pela CPI. “Não há nada a esconder pela concessionária.
O Grupo Energisa está há 114 anos operando no setor elétrico brasileiro. Nenhuma empresa se sustenta por tanto tempo se não for séria”, disse. Em todo o estado existem mais de 1,4 milhão de unidades consumidoras. A Energisa está em Mato Grosso desde 2014, e nesse período de quatro anos já fez um investimento que chega a quase R$ 3 bilhões. Hoje a empresa, segundo Barbanera, tem mais de 2.500 funcionários, sem contar os terceirizados.
De acordo com Barbanera, a energia elétrica cobrada em Mato Grosso é a 23ª mais cara de todo o país.
Têm 22 concessionárias no Brasil praticando uma tarifa mais cara que a Energisa de Mato Grosso. Aqui, o estado é muito grande e a população é pequena, por isso a tarifa da energia tem que ser rateada entre os consumidores, isso acaba encarecendo o preço final da energia”, explicou o diretor-presidente.
Ele descartou a possibilidade de o estado reduzir em curto prazo o valor da energia cobrado em Mato Grosso. Segundo Barbanera, a revisão da tarifa acontece a cada cinco anos, e a última foi feita em 2018, e a próxima será em 2023. “De 2019 a 2022, a concessionária aplica índice de reajuste de inflação aqui (INPC).
A Energisa é apenas um agente arrecadador, se o ICMS for reduzido há uma possibilidade de curto prazo. Mas, no que compete à Energisa-MT, em 2023, existe uma possibilidade. Antes disso, a correção é feita pela inflação”, disso Barbanera. Questionado sobre a possível dívida de R$ 800 milhões que a Energisa tem com o estado, Barbanera afirmou que dívida é hoje de R$ 550 milhões. A dívida é de 2009 a 2013, portanto antes de a Energisa chegar a Mato Grosso, em 2014.
Segundo ele, a dívida é da Cemat, que era controlada pelo Grupo Rede e sob a intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com o diretor-presidente da Energisa, as empresas são ligadas à Federação das Indústrias de Mato Grosso. Desde 2016, a Energisa está negociando com o estado a quitação dessa dívida de forma administrativa.
A Energisa tem que cobrar dos clientes e repassar o ICMS para o estado. São dívidas que têm mais de cinco anos e prescreveram. A Energisa está discutindo a melhor forma de fazer isso. Mas fomos surpreendidos com a judicialização disso pelo governo do estado”, explicou.
O município de Barão de Melgaço também estava representado na audiência pública pelo vereador, Erick Gonçalves (PT).


