A senadora Selma Arruda está de "malas prontas" para sair do PSL e deve migrar para o Podemos. Neste final de semana, em reunião na sua residência, em Chapada dos Guimarães, foi feita a primeira tratativa para a filiação da senadora. O presidente regional da sigla, o deputado federal José Medeiros e vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro, que fizeram o convite a Selma. Selma Arruda destaca fato de sigla apoiar presidente Bolsonaro e bandeiras ideológicas
O Podemos tem a terceira maior bancada no Senado, com nove senadores. A tendência é que a filiação de Selma seja formalizada dentro dos próximos 15 dias. Antes, Medeiros irá articular uma nova reunião, mas desta vez entre Selma e membros do diretório nacional, que é presidido pela deputada federal Renata Abreu (Pode-SP) e que tem o senador pelo Paraná Álvaro Dias como uma das suas principais lideranças.
De acordo com interlocutores ligados ao partido, Selma disse neste domingo (1º) que a escolha pelo Podemos é motivada pelo alinhamento da sigla com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), e pela proximidade ideológica e de bandeiras como a defesa da Lava Jato e o combate à corrupção.
Dentro do PSL, Selma tem sido vista como uma pessoa desagregadora e causadora de conflitos.
O partido do presidente, que atraiu diversos perfis do conservadorismo e da direita, agora vive o turbilhão dos conflitos de ideologias, tais como as defendidas pelos olavistas, militaristas ou evangélicos.
O Podemos, por sua vez, é um partido novo que tem atraído lideranças de outras legendas. Medeiros, por exemplo, foi filiado ao Cidadania (Ex-PPS) é dissidente do PSD e o presidente do partido na Capital, Niuan Ribeiro, é ex-PTB e ex-PSD. Apesar de pequeno, o partido já desenha um cenário de participação ativa nas eleições 2020 com candidaturas próprias nas cidades pólos, inclusive na Capital, com a projeção de Niuan.
Apesar de não de ter feito nenhuma exigência ao Podemos para se filiar, Selma deverá receber o convite para ocupar algum cargo no diretório estadual.

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