Os profissionais da educação do Estado não aguentaram mais o poder da caneta do governador Mauro Mendes e encerraram a greve hoje, após 75 dias de paralisação, a mais longa da história. Foram asfixiados.
Perderam força e apoio por cruzarem os braços num momento de crise financeira. O governo cortou o ponto dos grevistas, deixando-os sem salário por dois meses.
Foi aos órgãos fiscalizadores, como Ministério Público e Tribunal de Contas, em busca de respaldo para não conceder reajuste salarial porque já está "estourado" nos limites para despesas estabelecidos pela lei fiscal. E conseguiu.
Recorreu ao Judiciário, que também respaldou o Executivo, ao considerar a greve abusiva. Para sufocar ainda os manifestantes, o governo anunciou que, após 30 dias da decisão judicial, iria demiti-los por abandono de emprego.
A discussão sobre a proposta de conceder RGA e reajustes no próximo ano, desde que os percentuais da lei fiscal sobre receitas permitam, foi apenas um pretexto do Sintep para anunciar o fim da greve. Foi uma saída honrosa.
