A equipe de produção da minissérie “Rondon: o Grande Chefe” esteve nesta sexta-feira (09.03), à tarde, no Palácio Paiaguás, apresentando para o governador Silval Barbosa o projeto cinematográfico que trata da história do mato-grossense Marechal Cândido Rondon.
Conforme o produtor Luiz Carlos Barreto, Rondon é inegavelmente o maior herói nacional, do ponto de vista social, cultural, político, da integração e das pesquisas científicas que as expedições dele realizaram.
“Todo mundo ouve falar dele, mas 90% da população brasileira não conhece a sua história. Ele foi conhecido nos meios oficiais e virou um personagem oficial. No entanto, é um personagem nacional e mundial. Estamos fazendo esse projeto exatamente para que as gerações passadas, presentes e futuras tenham um conhecimento profundo do que foi a obra deste homem”, informou.
O produtor salientou que o governo do Estado reiterou seu apoio para a realização da minissérie. “Isso nos dá certeza de poder realizar um grande filme. Um filme épico, que poderá virar um longa metragem”, afirmou Barreto, salientando que a minissérie inicialmente se destina à televisão e será gravada em Mato Grosso, com a participação de atores e técnicos locais. As filmagens iniciarão no final de abril e irão até parte de junho. “Até novembro, ele já estará pronto. Queremos lançar o filme no começo da temporada da televisão, em 2013".
Para Barreto, Rondon é um personagem atualíssimo, que se dedicou à preservação da natureza, aos cuidados com a população nativa e com o lado humanístico. “Seu trabalho foi infinitamente superior a de todos os bandeirantes, pois ele não matava o índio. Ele era um pacifista e instalou as linhas telegráficas naquela época, o que equivaleria hoje a instalar um satélite”, disse o produtor, destacando que a frase slogan de Rondom “Morrer se for preciso, matar nunca” é algo que a humanidade precisa reaprender.
A minissérie, explica o diretor Marcelo Santiago, terá o formato ‘docudrama’, com partes documentais, recorrendo aos documentários de época e imagens de arquivo, e partes encenadas. “Isso dará dinâmica ao filme. O público vai descobrindo a história de Rondon junto com o ator".
O produtor mato-grossense Rodrigo Piovezan é um dos idealizadores do projeto. Ele explica que tudo começou com a vontade de fazer uma grande obra cinematográfica envolvendo uma pessoa de Mato Grosso. “Cândido Mariano da Silva Rondon é um pantaneiro, que teve 26 prêmios internacionais, uma indicação ao prêmio Nobel por Albert Einsten, entre tantas coisas. Sua obra é internacional”.
Para o ator Rui Ricardo interpretar o Marechal Rondon é um presente. “Por uma questão de falta de memória, não sabemos a importância dele para a história do país. Eu já estou pesquisando e lendo sobre a vida dele e começando a entender como foi o percurso deste desbravador".
