A Justiça Eleitoral está prestes a cassar em Mato Grosso mais um mandato de vereador por fraude à cota de gênero nas eleições do ano passado.
Desta vez, corre risco de ser cassado o parlamentar indígena de terceiro mandato Leonardo Sousa Wa Rovedene. A Procuradoria Regional Eleitoral já opinou pela procedência de um recurso interposto pelo Republicanos de Santo Antonio do Leste, município de quatro mil habitantes, contra a coligação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB) por supostamente usar candidatura laranja para completar a cota de gênero.
Marciana de Jesus foi registrada como candidata à vereadora pelo PT. E obteve apenas um voto, não votou em si própria, e nem fez campanha eleitoral. Em depoimento, Marciana, que é dona de casa, afirmou ter aceitado o convite de Leonardo para se candidatar com o intuito de “ajudar o partido", pois estava "faltando mulher ".
A coligação conquistou uma das nove cadeiras, com o próprio Leonardo, da nação Xavante, com 111 votos. O recurso, que vai ao Pleno do TRE-MT, pode resultar na nulidade dos votos de todos candidatos da federação, o que cassaria o mandato de Leonardo Xavante. E uma possível retotalização dos quocientes partidário e eleitoral beneficiaria com a vaga o suplente do Republicanos, Luis Carlos Buchecha.
Por fraudes à cota de gênero já foram cassados neste ano em MT vereadores de Reserva do Cabaçal e de Arenápolis.
