
O ex-deputado estadual Mauro Savi (União Brasil) está de “malas prontas” para se filiar ao Podemos e deve concorrer à Assembleia no ano que vem. Em entrevista a imprensa de Cuiabá, Savi confirma a construção do projeto e ressalta que a saída do UB acontece em razão da “inflação” de candidatos na legenda que é liderada pelo governador Mauro Mendes.
Entre os nomes do União para 2026 estão os dos já deputados Sebastião Rezende, Eduardo Botelho, Júlio Campos e Dilmar Dal Bosco. Além disso, partido fechou federação com o PP que tem o estadual Paulo Araújo, que também buscará a reeleição.
Eu acho que eu tenho que ir num partido onde eu consiga disputar os votos e o Podemos me dá essa condição melhor. Nós temos aí duas pessoas que vão migrar que é o Max [Russi] e o Beto [Dois a Um], que são bem votados. Depois nós temos quatro, cinco, no mesmo nível que eu, ou um pouquinho mais, um pouquinho menos, mas conseguimos disputar e eu acho que o jogo é esse, é construir”, destaca Savi.
Com base eleitoral em Sorriso, Savi diz ter consciência do “peso” da Assembleia, que garante maior visibilidade e projeção aos deputados com mandato, mas entende que há espaço no médio norte para que a cidade volte a ter representante. Atualmente, o único com base eleitoral na cidade a legislar, é o suplente Xuxu Dalmolin que assume em alguns momentos graças ao rodízio partidário.
“Na verdade, esse desejo, essa vontade, esse sonho que nós tivemos de voltar a vida pública começou com o Sorriso. Nós ganhamos a eleição lá, uma eleição praticamente perdida, aonde o outro candidato [Damiani da TV] tinha uma porcentagem de 68% contra nada do nosso. E nós começamos um trabalho, coordenamos uma campanha e ajudamos muito o Alei [Fernandes] a ganhar a eleição e esse crescimento dele está me colocando numa condição de disputar a eleição. Se eu começar numa cidade que sempre foi meu berço eleitoral, onde eu comecei minha vida pública, hoje com o [apoio do] prefeito, automaticamente que muda muito o quadro meu”, analisa Savi que, depois completa:
“Eu sou uma pessoa que tem voto em muitos lugares do Estado. E eu permaneci com várias pessoas me ajudando ou pelo menos pensando que eu poderia votar um dia, que estão comigo hoje. Então isso me dá uma condição muito grande de chegar à Assembleia novamente”.
Um dos entraves, entretanto, deve ser o fato do ex-prefeito Ari Lafin (PSDB), “padrinho político” de Alei, também se articular para buscar uma vaga na Assembleia. Seu nome também é contabilizado como possível candidato a federal. Questionado sobre isso, Savi afirma que o “combinado” lá atrás era que ele viria a federal, mas que foi um bom prefeito e que tem o direito de decidir aquilo que seja melhor para o seu futuro político.
“Eu não sei como é que fica, isso cabe a ele a decidir, mas seria interessante se ele viria a federal, faria dobradinha. Se não, vamos disputar a eleição”, sugere, revelando que Ari foi convidado a se filiar ao União.