Vereador de Cuiabá, Chico 2000 (PL), solicitou e teve seu pedido de carta de anuência para se desliar do Partido Liberal (PL) atendido. O pedido ocorre em meio ao desgaste do parlamentar, que tem sido alvo de operações da Polícia Civil e da Polícia Federal. Ele está afastado da Câmara por determinação da Justiça.
Câmara não vai recorrer de decisão que determinou pagamento a vereadores afastados em investigados por corrupção com essa carta, Chico 2000 poderá se liar a outra legenda sem correr o risco de perder o mandato. A informação do pedido de desfiliação foi confirmada ao Olhar Direto pelo presidente do diretório estadual do PL, Ananias Filho.
[Chico 2000] pediu a carta de anuência e o partido anuiu”. “Quando ele quiser sair é só ir no cartório e formalizar outra filiação. Se filiando a outro partido, ele não vai ter a perda do mandato”, completou.
Agora, o vereador precisa apenas formalizar seu pedido de saída da legenda, mas isso ainda não foi feito. Caso não tome essa iniciativa, o partido agirá e poderá até mesmo optar por sua expulsão, segundo informou o presidente do PL de Cuiabá, Dito Lucas.
“Se ele tiver sanções da Justiça, a gente vai ter que tomar uma providência. Eu não posso ficar inerte e vou ter que agir e aplicar nosso estatuto”, disse Dito Lucas ao Olhar Direto. Contudo, Lucas afirma que é mais fácil o vereador protocolar o pedido de desfiliação, já que está com a carta de anuência em mãos. A carta de anuência já foi assinada pelos presidentes Ananias Filho (presidente do diretório regional do PL em Mato Grosso), Dito Lucas (presidente do diretório municipal do PL em Cuiabá) e Valdemar da Costa Neto (presidente do PL Nacional). “Tem várias sanções, isso quem analisa é a comissão de Ética. Mas é mais fácil ele protocolar o pedido de desfiliação. A carta foi dada. Ele tem que tomar a decisão de protocolar [o pedido de] desfiliação”, finalizou Dito.
Nesta quinta-feira (5), o vereador foi alvo de nova operação, desta vez deflagrada pela Polícia Federal (PF), em Cuiabá e Várzea Grande. A ação, batizada de Operação Rescaldo, apura crimes eleitorais supostamente praticados durante o processo eleitoral de 2024.
A investigação foi iniciada após a apresentação de notícia-crime no plantão da PF. Conforme apurado, Chico estaria abordando eleitores que apoiam um candidato da mesma legenda partidária, oferecendo vantagens indevidas em troca de votos. Essa é a segunda operação contra Chico 2000 em pouco mais de um mês.
Em abril deste ano, ele foi afastado do cargo de vereador no âmbito da Operação Perfídia, conduzida pela Polícia Civil. A investigação, feita pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), apura o suposto pagamento de R$ 250 mil em propina pela empresa HB 20 Construções Eireli para acelerar a tramitação de um projeto de interesse da empreiteira na Câmara de Cuiabá, relacionado às obras de drenagem e pavimentação na Avenida Contorno Leste
