
O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Max Russi (PSB), sugeriu ao governador Mauro Mendes (União) que a licitação para a conclusão das obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande seja fracionada em lotes e conte com a participação de empresas mato-grossenses. A declaração foi feita em artigo publicado pelo parlamentar, em meio à decisão do governo estadual de rescindir o contrato com o Consórcio Construtor BRT por descumprimento do cronograma.
Russi destacou que tem mantido diálogo com o governador sobre a situação das obras desde o anúncio oficial da rescisão. Em seu artigo, o deputado armou que a divisão do projeto em múltiplos contratos poderia acelerar a conclusão das obras, gerar empregos e estimular a economia local.
Tenho conversado muito com o governador Mauro Mendes e apresentei a ele uma sugestão: a de não deixar a obra nas mãos de uma única empresa. Acredito que a solução seria fracionar a licitação e dividir o projeto em lotes, envolvendo empresas mato-grossenses. Assim, o processo se tornará mais eficiente e rápido, além de fazer a economia circular dentro do estado", armou Russi.
A proposta do presidente da ALMT surge em um momento de incerteza sobre o futuro do BRT. Na semana passada, o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), armou que o governo está em diálogo com o Consórcio Construtor BRT para buscar uma solução amigável e não descartou a possibilidade de um acordo para que o grupo conclua as obras já iniciadas na Avenida do CPA, em Cuiabá.
Paralelamente, o governo avalia contratar novas empresas para finalizar outras etapas do projeto. Max Russi ressaltou ainda que a população não pode mais esperar por soluções para o transporte público da capital mato-grossense.
Os cuiabanos não podem mais esperar! Cada minuto perdido no trânsito, cada ônibus que não chega no horário e cada rua interditada sem solução imediata representam uma queda na qualidade de vida dos cidadãos", armou no artigo. O parlamentar lembrou que a troca do modal de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para BRT
ocorreu com a promessa de acelerar a entrega do projeto, mas destacou que apenas 18% das obras foram concluídas até o momento. "A obra do BRT em Cuiabá é, sem dúvida, um projeto fundamental para a modernização do transporte público da nossa capital. Mas, é preciso reconhecer que sua implementação tem sido marcada por uma série de falhas e desaos que não podem ser ignorados", acrescentou.
O governo estadual ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proposta de dividir a licitação em lotes. Segundo Fábio Garcia, o foco do Executivo é buscar uma solução que permita a conclusão do projeto com a maior celeridade possível, respeitando as exigências legais.