
O governador Mauro Mendes (UNIÃO) anunciou que realizará uma revisão minuciosa no atual cadastro de pescadores habilitados a receber o auxílio do governo do Estado. O benefício foi criado como alternativa para mitigar os impactos da proibição da pesca nos rios estaduais por um período de 5 anos e prevê o pagamento de um salário-mínimo por 3 anos aos pescadores.
No entanto, segundo Mendes, há indícios de que algumas pessoas estão se passando por pescadores, o que configura uma irregularidade, caso recebam o auxílio. Em entrevista à rádio Capital, o governador declarou: “Vamos cadastrar todo mundo, porque tem gente aí que fala que é pescador, não é pescador, vírgula nenhuma. Tem que fazer um limpa. Vamos fazer um limpa desse negócio. Vai ter que recadastrar para receber o dinheiro do Estado”. Ele acrescentou que agora só receberão o auxílio aqueles que são verdadeiros pescadores, excluindo os que se apresentam de forma fraudulenta.
O programa prevê que, durante três anos, o Estado pagará auxílio de um salário mínimo por mês para pescadores profissionais e artesanais inscritos no Registro Estadual de Pescadores Profissionais (Repesca) e no Registro Geral de Pesca (RGP) que comprovem residência fixa em Mato Grosso e que a pesca artesanal era sua profissão exclusiva e principal meio de subsistência até a lei entrar em vigor.
Mendes reiterou sua justificativa para o projeto, argumentando que a situação dos peixes nos rios do estado está se agravando significativamente nos últimos anos. Ele afirmou: “Todo mundo sabe, se você não sabe, todo mundo sabe que acabou os peixes, tá acabando os peixes nos rios, gente. Toda hora a gente escuta e você, ah, fui pescar, não peguei nada, fui pescar, não peguei nada, fui pescar, não tinha peixe, fui pescar, não peguei nada”.
Ele ainda ressaltou a necessidade de uma pausa na pesca para permitir a recuperação da natureza, caso contrário, os pescadores seriam dizimados pela ação predatória.