
A eleição para a presidência do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Cuiabá (CISVARC) resultou em um bate-boca entre o prefeito de Jangada, Rogério de Oliveira Meira (PP), e o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga (PSD).
Os dois trocaram farpas e ameaças políticas, alegando interferências externas no pleito que reconduziu o gestor municipal ao cargo. Alguns trechos da confusão foram gravados e divulgados em grupos de WhatsApp. Assista no final do texto:
Rogério Meira foi reeleito ao comando do CISVARC por sete votos a cinco, tendo sido votado pelos prefeitos Emanuel Pinheiro, de Cuiabá, Kalil Baracat, de Várzea Grande, Francieli Magalhães, de Santo Antônio de Leverger, Alex Berto, de Rosário Oeste, Margareth Gonçalves, de Barão de Melgaço e Tatá Amaral, de Poconé.
Após a eleição, enquanto Rogério Meira discursava, Neurilan Fraga teria feito acusações de que houve interferência de deputados na eleição e, ao final da fala do presidente reeleito, afirmou que iria se reunir com a diretoria e colocar em pauta se o Consórcio poderá continuar na AMM, utilizando o espaço da associação.
A fala revoltou o prefeito de Jangada, que foi acompanhado por apoiadores, que passaram a atacar Neurilan.
Não aceito interferência de presidente da AMM no Consórcio. Ele pode ter certeza que vou estar junto em outra chapa e vou compor, pois ele arrumou uma pedra no sapato, pois não está mexendo com moleque. O senhor pensa que é o dono do mundo, mas você vai ver na campanha agora. Quero e vou votar para outro. Você não deveria ter interferido na eleição. Montei chapa porque sabia que você estava por trás. Está achando que sou otário ou bobo?”, questionou o prefeito.
Neurilan afirmou que não insinuou que sugeriu a saída do Consórcio da associação. No entanto, o presidente da AMM acusou deputados de interferirem na votação e que não admitiria este tipo de atitude. “Estou colocando minha posição. Na AMM vamos tentar evitar, de todas as formas, que deputado force prefeito a votar no candidato dele. Quando foi assim, no passado, a associação era um cabidal de emprego, não tinha crédito com o Tribunal de Contas do Estado, com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso e em lugar nenhum”, afirmou Neurilan.