A decisão do TSE que cassou o mandato do deputado federal Neri Gueller (PP) e suspendeu seus direitos políticos pelo prazo de oito anos caiu como uma bomba no QG da federação de esquerda. Gueller inelegível significa game over. Está fora da disputa pelo senado.  

Nos grupos de Whatsapp, o trocadilho “WF se confunde com WO” ganhou força. O significado é de clareza solar: o senador Wellington Fagundes caminha para uma reeleição tranquila e segura. Seu principal oponente foi retirado pelo TSE da arena política. Sua condenação remonta a suposto abuso de poder econômico no pleito de 2018.  

A implosão da candidatura Gueller ao senado atinge em cheio a candidata ao governo Marcia Pinheiro (PV). O secretário-geral do PP, Euzébio Diniz, afirmou à reportagem que Neri deve recorrer da decisão do TSE, mas reconhece que o estrago já foi feito.

Emanuel em apuros

“Devemos manter a candidatura do Neri, mesmo sob o risco de ser eleito e não tomar posse ou substitui-lo o mais rápido possível para evitar desgastes, inclusive para a candidata a governadora?”, cogitou Pinheiro.  

Ainda no calor da informação devastadora para os planos da frente de esquerda, Emanuel Pinheiro sugeriu lançar seu filho caçula Elvis Pinheiro ao senado no lugar de Gueller, o que seria uma atitude impensada. A população condena a chamada familiocracia. Elvis senador é apenas a força do desejo de um pai que fez da política uma profissão.  O rapazola sequer tem idade para concorrer ao senado.