
Os termos da parceria que vai viabilizar o envio de resíduos sólidos de Nova Brasilândia e Planalto da Serra para o aterro sanitário de Campo Verde foram discutidos pelos prefeitos dos municípios nesta terça-feira (24). A reunião, realizada em Chapada dos Guimarães, foi coordenada pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios- AMM, Neurilan Fraga, que está intermediando o diálogo entre os gestores para consolidar o trabalho colaborativo entre os municípios.
A prefeita de Nova Brasilândia, Marilza Augusta de Oliveira, ressaltou os benefícios da destinação dos resíduos sólidos para o aterro de Campo Verde.
A situação é difícil e já fomos notificados pelo Ministério Público. Com o aterro aberto temos um problema de saúde pública e se conseguirmos levar o lixo para Campo Verde vai melhorar muito a qualidade de vida da população”, frisou.
O prefeito de Planalto da Serra, Natal Alves, disse que a parceria vai beneficiar muito o município, que já foi notificado para providenciar a regularização do espaço para destinação do lixo. A cidade, que produz diariamente cerca de três toneladas de resíduos, está localizada a cerca de 140 quilômetros de Campo Verde.
Estamos definindo a logística para consolidar essa parceria, pois município pequeno não consegue construir um aterro, devido ao alto custo, que também é muito elevado para manter a estrutura. Vamos começar a conscientização da população para efetuar de forma correta a separação do lixo para que possamos fazer a destinação de forma adequada”, frisou.
O prefeito de Campo Verde, Alexandre Lopes, explicou como é realizado o trabalho de coleta e destinação do lixo na cidade, que se tornou uma das referências no estado. “A intenção é fazer a cedência porque os municípios não possuem a infraestrutura necessária e temos um espaço ocioso no aterro. Dessa forma, Campo Verde contribui com os municípios, cuida do meio ambiente e se capitaliza, gerando renda”, assinalou. A receita para os cofres públicos será oriunda do pagamento pelo uso compartilhado do aterro sanitário, que tem capacidade para 80 toneladas de lixo/dia. Uma das condições para o recebimento dos resíduos das cidades vizinhas é que haja uma separação prévia do lixo seco e úmido para viabilizar a operacionalização do trabalho.
"Estamos incentivando essa parceria, considerando que todas as cidades envolvidas são contempladas em suas demandas. Com o trabalho conjunto, os municípios atendem a lei, destinando o lixo para um aterro sanitário, protegem a saúde pública e garantem mais qualidade de vida para a população”, assinalou Fraga, acrescentando que os gestores que não fizerem a destinação adequada do lixo podem responder por improbidade administrativa. Em setembro do ano passado, os prefeitos de Nova Brasilândia e de Planalto da Serra conheceram o aterro de Campo Verde, acompanhados pelo presidente da AMM.

A reunião também contou com a participação do prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Fronner, da coordenadora jurídica da AMM, Débora Simone Rocha Faria, e de equipes técnicas das prefeituras.