
De valor imensurável em formação cultural, econômica e social, Santo Antônio de Leverger (34 km ao sul de Cuiabá), celebra 121 anos neste domingo (13). Internacionalmente conhecida como cidade natal de Marechal Cândido Rondon, o município define ainda a história política de Mato Grosso.
As origens de Santo Antônio de Leverger estão intrinsicamente ligadas às de Cuiabá. Na descoberta das minas de ouro por Miguel Sutil, uma expedição passava pelo rio. Conta-se que um dos batelões ficou preso nas águas, e por superstição, os paulistas deixaram uma imagem de Santo Antônio, onde hoje fica o município.
“Outra monção passou por aquele lugar e quis levar a imagem de Santo Antônio. O fenômeno de impedimento da viagem se repetiu. Os paulistas levantaram, então, uma primitiva capela, que não mais existe. Era sóbria e elegantemente original”, diz relatos do site da prefeitura de Santo Antônio.
A princípio, foi distrito de Cuiabá, em 26 de agosto de 1835, com a denominação de Santo Antônio do Rio Abaixo. Só foi elevado à categoria de cidade em 2 de setembro de 1929, porém, o nome Santo Antônio de Leverger só veio em 30 de setembro de 1948.
O nome da cidade foi uma homenagem ao francês Augusto João Manoel Leverger – o Barão de Melgaço -, que dedicou grande parte de sua vida a Mato Grosso, ao explorar as terras. Comandante e defensor do solo mato-grossense, lutou na Guerra do Paraguai. Inclusive, a sua posição estratégica em relação ao Rio Cuiabá garantiu a segurança da capital durante a guerra.
Com seus 16 mil habitantes, segundo o censo de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santo Antônio é uma cidade peculiar, com pacato clima de interior e onde todos se conhecem.
A pesca é o serviço essencial do município, importante registro cultural. Em 2018, o salário médio mensal era de 2.2 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 13.7%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 87 de 141 municípios.
Além disso, município conta com um dos mais altos morros do estado: o morro de Santo Antônio, que possui 500 metros acima do nível do mar. Inclusive, lá que foram montados pontos de observação durante a Guerra do Paraguai.
Na baixada cuiabana, Santo Antônio preserva os grupos folclóricos, com apresentações de siriri e cururu durante a festa do santo padroeiro da cidade.
Outra rica manifestação cultural popular é o “boi-à-serra”, que faz parte dos festejos de Nossa Senhora de Conceição, foram o próprio carnaval.