‘CORRIGIR O PASSADO’

Em meio à crise, prefeito de Chapada quer organizar finanças

Redação: Notícias da Baixada | 18/01/2021 - 09:51
Em meio à crise, prefeito de Chapada quer organizar finanças

A transição de gestão não será uma tarefa fácil, segundo avalia o prefeito eleito de Chapada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá), Osmar Froner (MDB). Ainda durante sua posse, no dia 1º de janeiro, o emedebista afirmou que herdou uma dívida milionária da administração da ex-prefeita, Thelma de Oliveira (PSDB).

Recebemos a prefeitura em uma situação bem difícil, em questão de folha de pagamentos, dívidas em torno de R$ 2,8 milhões e pagamentos de fornecedores bastante comprometidos, por exemplo. UPAs sem medicamentos, estruturas que precisam se fortalecer”, descreve.

 De acordo com Froner, as dívidas giram na casa dos R$ 40 milhões. “Outro desafio é renegociar as dívidas com a Energisa, de praticamente R$ 12 milhões. A empresa que gerencia a água de Chapada, SAAE, tem praticamente R$ 11 milhões de dívida com a Energisa”.

A distribuição da água em Chapada dos Guimarães é um problema recorrente, especialmente durante realizações de grandes eventos, como o Festival de Inverno e o Carnaval. O sistema de abastecimento fica colapsado, tanto para moradores ou visitantes.

A água foi um projeto de alto custo, em torno de R$ 17 milhões. É uma captação longe, de 11quilômetros, com terreno muito elevado e gasta muita energia, tanto é que está devendo os R$ 11 milhões para a Energisa”, detalha.

Porém, a prefeitura segue com planejamento para resolver o problema da água. “Precisamos fazer o saneamento e distribuição. Entramos em contato com o deputado Carlos Bezerra para negociar R$ 5 milhões para melhorar os reservatórios e distribuição”, afirma.

Além disso, o prefeito denunciou Thelma por fazer movimentações na conta bancária da prefeitura em janeiro, quando ela já não era mais prefeita. No entanto, Froner alega que vai “corrigir erros do passado”, pois o endividamento também vem de gestões antigas.

“São dívidas de outras gestões e dívidas da gestora anterior. Único processo foi a questão do TED programado, que mesmo tendo saldo zero na conta da saúde, com esse TED perdemos R$ 10 milhões. Nós pretendemos ser justos, dar um direcionamento e resguardar nossa responsabilidade enquanto gestor, para que não volte a repetir”, explica.

O emedebista, apesar de abrir o processo, afirma que não busca retaliações contra a ex-gestora. “Nessa questão fizemos BO [boletim de ocorrência] e comunicado ao banco, mas não temos nenhuma intenção de retaliação ou fazer perseguição. Queremos é olhar pra gente e avançar, que é o que a população quer”. 

Fonte: Gazetadigital