O economista e empresário, Waldemir Padilha da Silva, santo-antoniense, escreve como colunista neste Site. No artigo desta semana, “Didi” como é chamado pelos conterrâneos, discorre sobre a Festa do carnaval e também sobre as mudanças do foco nas ações dos gestores nas políticas públicas para a população levergense. Confira a integra do texto a seguir e também na Coluna dos articulista.
“Turismo e Carnaval! É preciso mudar conceitos.”
A população de Santo Antonio de Leverger têm no carnaval uma válvula de escape. São pelo menos cinco dias de paz, onde esquecemos dos problemas, sejam eles financeiros, físicos ou profissionais. A alegria e a diversão tomam conta da cidade, aqui é realizado um dos mais populares carnavais do Brasil, no seu estilo “carnaval de rua”.
O carnaval de Leverger tem blocos carnavalescos, conhecidos pela irreverência e criatividade, que desfilam pelas ruas do centro da cidade, animando e divertindo os foliões. Também vem acontecendo desde o ano passado, o “carnaval cultural”, que vem difundindo esta importante tradição entre os jovens, através dos grupos de siriri e cururu, reacendendo o interesse da juventude e aproximando as novas gerações da sabedoria e dos conhecimentos ancestrais, contribuindo assim para a reafirmação e preservação da identidade do povo de Santo Antonio de Leverger. Até ai, nenhuma novidade! A diversão é fundamental e fugir um pouco dessa rotina maçante do dia-a-dia pode ser muito útil.
O nosso grande desafio é como transformar essa “festa” em uma alternativa econômica real para população de nossa cidade, trazendo consigo o fortalecimento da atividade turística como fonte permanente de geração de emprego e renda.
E não parece um sonho utópico. Localizado a 30 km da capital, o município tem um turismo que se expande através do Pantanal e do próprio sítio urbano, onde se destaca o nosso já famoso carnaval de rua, tem ainda o nosso festival de praia, o Siriri, o Cururu, Farra do Boi, as Festas de Santos na zona rural e sede, a Festa da Padroeira, e muitas outras atividades que - gradativamente - vêm sendo transformadas em calendário permanente, atraindo muitos turistas.
É claro que não é fácil consolidar projetos desta natureza. Primeiro pela falta natural de recursos. Segundo porque é preciso mudar conceitos muitas vezes enraizados. Os poucos avanços conseguidos, no entanto, mostram que estamos no caminho certo. Realizaram-se administrações com muitas obras, mas é preciso mudar o foco do processo de desenvolvimento
Nesta ótica, obras como asfaltamento de ruas, construção de piscina pública, escolas, creches, postos de saúde, ampliação do hospital, abertura de poços artesianos, quadras poliesportivas, entre outras, têm a sua importância e foram ou estão sendo realizadas, mas a meta principal tem que ser a mudança de conceitos. Entre elas -“focar as ações publicas e privadas”- sejam elas municipais, estaduais ou federais na VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS, principalmente qualificando-as,implantando programas de geração emprego e renda, entre outras.
Uma das idéias é preparar o alicerce para que Santo Antonio não apenas possa ser uma referência estadual em calendário festivo, mas que agregue valor a estas atividades, melhorando a qualidade de vida da nossa gente.
Waldemir Padilha da Silva - Economista (UFMT) e empresário .
