
O tom de voz baixo, mas cheio de sinceridade, fez com que o Teatro Zulmira Canavarros, em Cuiabá, lotado, ficasse em silêncio para ouvir o relato da autora do livro “Sobrevivi... posso contar”, a biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que empresta o nome a Lei 11.340/06.
Para a secretária municipal de Assistência e Promoção Social de Barão de Melgaço, estar ao lado da própria Maria Penha, que esteve em Cuiabá na sexta-feira dia 09 de Agosto de 2019, para celebrar os 13 anos de criação da lei que leva seu nome, foi motivo de muita honra para mim", revelou Cris Verônica.
Maria da Penha passou 20 anos tentando punir seu agressor, quase foi morta, ficou numa cadeira de rodas, sofreu muitas resistências, mas como ela mesmo disse ela tinha tudo para ser feliz, mas ao contrário, ela tirou forças para lutar não somente pela vida dela, mas de milhares de outras mulheres brasileiras.
A cearense esteve em Cuiabá, na sexta-feira (9), para participar do “Colóquio 13 anos Maria da Penha”, que reuniu cerca de 800 pessoas para celebrar os 13 anos de vigência da lei que é considerada a terceira melhor legislação de combate à violência doméstica do mundo.
A organização do evento ficou por conta da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (Cemulher/TJMT). Lei Maria da Penha - A Lei 11.340, batizada com o nome da biofarmacêutica, pune há 13 anos, aqueles que cometem violência doméstica. “Foi uma surpresa grande ver a minha luta pessoal beneficiar tantas mulheres que, assim como eu, foram agredidas".
Se na minha época já existisse a lei, meu agressor teria tido uma pena mais severa”, acredita. “Fico pensando, se minha luta não tivesse tomado o rumo que tomou será que eu seria feliz?”.