Figueiredo recebe pedido de socorro para obras da Copa

Redação: | 23/07/2009 - 00:00

O Ministério das Cidades se transformou na principal fonte de recursos com vistas a viabilizar os projetos exigidos pela Fifa e CBF para que Cuiabá, já escolhida, venha a ser de fato uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014. Por causa disso, mais uma vez lideranças políticas e, principalmente o governador Blairo Maggi, começam a pedir ajuda nos encaminhamentos das propostas ao mato-grossense Rodrigo Figueiredo, secretário-executivo e principal braço do ministro Márcio Fortes, o qual já substituiu diversas vezes.

Rodrigo ajuda a controlar um orçamento de R$ 8,5 bilhões. Passa por ele, por exemplo, análise dos projetos sobre obras do PAC, que somente para atender Cuiabá está prevista liberação de R$ 238 milhões. Agora, surgem os pleitos por conta da Copa do Mundo. A expectativa da Prefeitura da Capital e do governo estadual é de "arrancar" ao menos R$ 2 bilhões do Ministério das Cidades para realizar obras, principalmente no setor de transportes, com construção de quatro corredores de ônibus com praticamente 60 km, cinco viadutos, quatro pontes, um túnel e ainda ampliação e duplicação de avenidas. Sem ajuda da União, esses projetos podem ser inviabilizados, o que levaria ao não-cumprimento de metas e, consequentemente, à exclusão de Cuiabá como uma das sedes do Mundial de futebol.

Propagado como um dos principais responsáveis pela escolha de Cuiabá para a Copa, Blairo Maggi já se mostra apreensivo. Seja na reunião com secretariado, com lideranças políticas e com empresários, ele só fala na missão de cumprir as metas estabelecidas pela Fifa. No próximo dia 31 de agosto, por exemplo, o governo precisa apresentar oficialmente o projeto do novo estádio, com toda a logística e licenças ambientais aprovadas. Esse empreendimento está orçado em R$ 430 milhões, fora centros de treinamentos que precisam ser construídos. Por enquanto, o único compromisso do Estado quanto às obras macro é de construir o novo Verdão. Em dezembro deste ano o governo tem outro desafio quanto aos prazos referentes ao projeto do estádio. Até 31 de dezembro deve ter pronta a licitação para dar início às obras no mês seguinte, ou seja, em janeiro de 2010.

Estado e prefeitura precisam construir também um corredor com extensão de 11,5 km com veículo leve sobre os trilhos, o famoso metrô de superfície. Apesar da proposta ainda estar sob análise, a tendência é de que as autoridades venham pedir socorro também ao Ministério das Cidades, já que a execução do projeto exigirá cerca de R$ 2 bilhões, mesmo com participação da iniciativa privada.

Prazo e mandato

Maggi tem lá suas preocupações quando dorme e acorda pensando nos projetos relacionados à Copa. Além dos prazos para cumprí-los, ele já vislumbra um outro obstáculos. Acontece que daqui a 17 meses termina este segundo mandato do presidente Lula, de quem é aliado. Com ele, sai Rodrigo Figueiredo. Assim, Mato Grosso perde um de seus representantes num dos cargos mais importantes e estratégicos da esfera da máquina federal e que tem resultado na liberação de milhões de reais em recursos, a partir do encaminhamento dos projetos.

 


Autor: RDNews

 




 

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