
Uma análise realizada em 23 praias do estado de Mato Grosso revelou que algumas das praias do estado são impróprias para o banho. O teste reprovou as praias da Comunidade São Gonçalo, em Cuiabá, Bonsucesso, em Várzea Grande e Praia da Carne Seca, na região de Cáceres (224 quilômetros de Cuiabá). A água dos rios nestas regiões não apresentou índices satisfatórios na avaliação da qualidade da água para a recreação de contato primário, ou seja, o banho ou mergulho das pessoas nos rios.
A análise foi feita pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) juntamente com Superintendência de Recurso Hídricos (SRH) e a Superintendência de Monitoramento de Indicadores Ambientais (SMIA) . O objetivo é informar a população sobre a qualidade das águas dos locais, alertando sobre os riscos de contrair doenças de veiculação hídrica, além de servir como um indicador da qualidade ambiental de fácil leitura pela população.
As águas são consideradas próprias quando 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no máximo 800 Escherichia coli (bactéria que abriga o intestino dos seres humanos e animais) por 100 mililitros. O lixo das praias, a presença de dragas, esgoto, óleo e graxa também contribuem para a água ficar imprópria para o banho.
Também foram analisados os seguintes rios: Mutuca, Rio Claro, Salgadeira, Cachoeirinha, Cachoeira dos Namorados, Cachoeira da Martinha, Coxipó- Açu, Condomínio Portal das Águas (Lago de Manso), Praia do Pari, Ponte de Ferro, Comunidade São Gonçalo, Passagem da Conceição, Bonsucesso, Praia do Centro (Santo Antônio), Praia de Veredas (Santo Antônio), Praia no Rio Paraguai (Barra do Bugres), Praia no Rio dos Bugres (Barra do Bugres), Praia das Embaúbas (Rosário Oeste), Praia da Carne Seca (Cáceres), Praia do Daveron (Cáceres), Praia do Late Clube (Cáceres), Córrego Peraputanga (Cáceres), Praia do Julião (Cáceres).
Desde o ano de 2005 a Sema realiza o trabalho de estudo das águas das praias. A avaliação é feita em cinco semanas consecutivas de estudos. De acordo com a coordenadora de Monitoramento da Qualidade Ambiental, Adélia Alves de Araújo, o estudo pode estimular o turismo nas regiões. " O trabalho da balneabilidade visa estimular o turismo, sem que haja problemas para quem for visitar a praia. Em Santo Antônio do Leverger, uma praia tinha dado resultado impróprio no ano passado, mas esse ano com a avaliação, a água está própria para o uso", afirmou.
Os resultados serão divulgados em placas informativas para alertar a população sobre as condições de água com classificação de "Própria" ou "Imprópria" para banho, em cada local estudado.