
A santo-antoniense Enil Moraes e seu esposo Zéca Moraes cederam mais uma vez o espaço da sua cinematográfica residência em Santo Antônio para que voluntários e colaboradores da Festa do Senhor Divino Espírito Santo confeccionassem as bandeirolas que serão usadas na grandiosa festa que teve inicio no último domingo (25), e vai até o dia 08 de junho.
Anualmente o casal se prontifica a realizar o encontro dos colaboradores e voluntários, na sua residência, o último encontro aconteceu há cerca de duas semanas quando cuiabanos e santo-antonienses se revezaram nas tarefas de confecção.
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Sabia mais sobre a grande festa na reportagem do Diário de Cuiabá
Missa católica marca início das tradicionais celebrações cuja marca maior é a visita da bandeira
Segundo a contagem romano-católica do tempo, começa oficialmente hoje a programação de celebração do Senhor Divino Espírito Santo, com um encontro a partir das 18h com o Cenáculo do Movimento Sacerdotal Mariano na Igreja Senhor Bom Jesus de Cuiabá, uma missa às 18h30 e, ao final, o tradicional levantamento da Bandeira do Divino.
Amanhã (26), os festeiros começarão as visitas nas casas com a Bandeira do Divino durante o dia inteiro, até o encerramento da festa no final da semana. Às 18h30 ocorre a Santa Missa e a partir das 19h30 desse mesmo dia inicia-se na Catedral a novena que segue até o dia 05 de junho.
No próximo sábado (06), às 21h, haverá o baile de gala dos festeiros no Cenarium Rural. No dia domingo (07), a partir das 19h30, acontece a Vigília de Pentecostes, na Catedral.
O encerramento da festa se dá na próxima segunda-feira (08) com a seguinte programação: a partir das 16h tem a Santa Missa, em seguida ocorre a Procissão e por fim a quermesse na Praça da República, com apresentações artísticas e culturais, além de comidas típicas cuiabanas.
A Festa do Divino é considerada uma das manifestações religiosas mais tradicionais de Mato Grosso, e suas celebrações acontecem desde os tempos do Brasil Império.
O imperador da festa neste ano é o empresário Fabio Martins Defanti. Ele conta que a maior alegria ao participar da festa é poder promover a evangelização e a interação das pessoas. “Cada ano é escolhido um imperador e uma imperatriz; me sinto honrado por ter sido o escolhido desta vez e poder representar esta festa maravilhosa, que movimenta o comércio, agrega valor cultural e promove evangelização, que certamente é de onde colhemos mais frutos”, diz.
HISTÓRIA
A festa católica celebra o terceiro componente da Santíssima Trindade para demonstrar a importância de manter a devoção ao Espírito Santo. De acordo com registros históricos, a festa do Divino Espírito Santo começou a ser celebrada ainda em Portugal, no início do século XIV.
As celebrações surgiram no Brasil no período colonial, durante o reinado de Dom João VI, no século XVII, e se espalhou por todas as colônias portuguesas. A Festa do Divino tornou-se tradicional em estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso e Goiás.
Curiosamente, a denominação de imperador para o principal festeiro do evento originou-se do fato de Dom Pedro I ter sido imperador e não rei do Brasil. Em Cuiabá, nas primeiras décadas do século passado, a cidade chegou a ter duas festas do Divino Espírito Santo: uma no bairro do Porto e outra na Catedral, com poucos dias de diferença uma da outra.
Em meados da década de 1930, a Festa do Divino foi unificada e na memória dos cuiabanos mais antigos ainda resistem as imagens das festas que aconteciam no Campo d’Ourique, com direito às tradicionais e sangrentas touradas, no mesmo lugar onde atualmente está sediada a Câmara Municipal de Cuiabá.